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Mais uma vez, os rumores estavam corretos: pela primeira vez, temos iPhones Pro. Mais precisamente, estamos falando dos iPhones 11 Pro e 11 Pro Max.
Os aparelhos trazem o mesmo chip A13 Bionicdo iPhone 11, com uma série de duas melhorias. Duas delas foram destacadas na apresentação: o aprendizado de máquina é ainda mais otimizado na nova CPU, com aceleradores próprios que podem fazer até 1 trilhões de operações por segundo. A segunda é a eficiência energética: são 8,5 bilhões de transistores de 7 nanômetros que gastam menos energia que antes, com quatro núcleos de baixa energia que se combinam com os outros quatro, de alta performance.
Em termos de bateria, os iPhones 11 Pro são (supostamente) campeões: segundo a Apple, o modelo menor dura quatro horas mais que o iPhone XS, enquanto o iPhone 11 Pro Max dura cinco horas mais que o iPhone XS Max. E ergam as mãos ao céu: temos na caixa um novo carregador rápido, baseado em USB-C e 18W. Nada foi falado de carregamento bilateral, entretanto — parece que o recurso foi realmente cancelado de última hora.

Sobre o infame cooktop na traseira dos aparelhos, bom, ele é justificado: temos aqui três câmeras, todas de 12MP: uma teleobjetiva, uma grande-angular e uma ultra-grande-angular, que garantem até 4x de zoom ótico (considerando o “zoom” de 0,5x da ultra-grande-angular, isto é). É possível capturar fotos do mesmo ponto simultaneamente com todas as lentes.

Há um novo recurso para as câmeras, que será liberado nos próximos meses com uma atualização de software. Chamado de Deep Fusion, ele usa aprendizado de máquina para capturar nove imagens em diferentes exposições antes mesmo de você apertar o botão de captura. Em menos de um segundo, então, o aparelho seleciona os melhores pixels de cada captura e te dá o melhor resultado.
As três câmeras traseiras dos iPhones 11 Pro capturam em 4K a 60 quadros por segundo — e as demonstrações apresentadas pela empresa, capturadas por cineastas e videomakersprofissionais, são realmente impressionantes, com cores vívidas e uma aptidão a capturar cenas em todos os formatos e iluminações. É possível, claro, fazer uma transição suave entre as três câmeras durante a filmagem, e a Apple conta com um recurso de “zoom de áudio”para capturar sons com mais precisão.
Profissionais também poderão desfrutar de todo um ecossistema de apps de terceiros tirando proveito das novas câmeras. Uma nova versão do FiLMiC Pro, por exemplo, tem um viewfinder que permite ao cineasta ter uma visão das três câmeras ao mesmo tempo, e você pode capturar em duas delas simultaneamente. O app será disponibilizado na App Store até o fim do ano.
O iPhone 11 Pro (e o iPhone 11, também) terá, claro, uma nova linha de cases, incluindo modelos transparentes que expõem seu belo design. O iPhone 11 Pro partirá de US$999, enquanto o 11 Pro Max sairá a partir de US$1099. A pré-venda deles, nos EUA, começará nessa sexta-feira (13), e o lançamento será na próxima sexta (20).
É bom notar que o iPhone XR permanecerá na linha, por a partir de US$599, assim como iPhone 8, partindo de US$449. Os iPhones XS e XS Max parecem ter morrido.
Livro Flicts marcou gerações, encantou tanto adultos como crianças e segue atemporal
Ziraldo é um dos escritores brasileiros mais aclamados e que fez parte da infância de muitas gerações com o seu Menino Maluquinho. Em 2019, o autor completa 87 anos de vida e um de seus livros mais marcantes será relançado após 50 anos de estreia. Trata-se da obra Flicts, considerada um marco da literatura infanto-juvenil, mas que também conquistou adultos.
Considerado inovador e a frente de seu tempo, o livro Flicts foi capaz de falar sobre tolerância às crianças e ao mesmo tempo ser visto pelos adultos com outra mensagem, uma vez que foi lançado no período da ditadura militar no Brasil. Ao transformar as cores em personagens, Ziraldo foi capaz de trabalhar temas diversos, a depender do ponto de vista de seu leitor.
Flicts também é uma referência para designers, artistas plásticos e ilustradores. Quando criou o livro, Ziraldo o concebeu em apenas dois dias, a partir de uma demanda do editor Fernando de Castro Ferro. Com papel colorido, cola e estilete na mão, o autor criou as ilustrações do livro por meio de colagens, no melhor estilo D.I.Y (Do it yourself ou faça você mesmo).
No mesmo ano do lançamento da obra, o mundo acompanhou a primeira vez em que o homem pisou na Lua, em outro feito memorável da época. No livro, a cor Flicts descobre seu lugar na Lua e foi isso que Neil Armstrong reforçou quando a história chegou em suas mãos. A Lua é Flicts, escreveu ele em um autografo no livro.
“Acredito que Flicts seja o melhor retrato de Ziraldo. Um exemplo concreto da subjetividade objetiva que é a marca de sua genialidade”, diz o escritor e designer Guto Lins, responsável pela nova edição, junto com Adriana Lins, designer e sobrinha de Ziraldo. O livro traz também comentários de grandes autores brasileiros e colegas de Ziraldo, como Millôr Fernandes e Rachel de Queiroz.
EDIÇÃO COMEMORATIVA DE 50 ANOS
Para a edição comemorativa, serão mantidas as 80 páginas do livro original, como pensado por Ziraldo. Isso inclui páginas duplas, que serão transformadas em simples a partir da segunda edição, para ser adotado em escolas e páginas brancas, os respiros e silêncios do livro, pensados por seu criador. Há ainda a crônica que Carlos Drummond de Andrade escreveu à época do lançamento de Flicts.
Com certeza é uma edição de festa! Quem ganha somos nós! Seguimos admirando Ziraldo e a literatura brasileira.
Seja pelo artigo do BuzzFeed, por um thread criminal do Twitter, ou até mesmo pelo documentário da HBO “Mamãe Querida e Morta”, é provável que você já tenha ouvido falar da história real de Gypsy Rose Blanchard e do assassinato de sua mãe, Dee Dee Blanchard. Porém, se você não é familiarizado com o caso, assistir ao novo seriado The Act, nova produção criminal antológica da Hulu, pode ser uma grande surpresa.
A série se inicia com uma das vizinhas da família Blanchard fazendo uma ligação para a polícia, que ao chegar na residência de Dee Dee (Patricia Arquette) e Gypsy (Joey King) a encontra com um ar abandonado e descuidado. Os dois detetives investigam o lugar, enquanto os vizinhos estão parados do lado de fora aguardando notícias, e encontram Dee Dee esfaqueada em cima da cama. Mas afinal quem poderia ter feito mal à essa doce mãe que dedicou sua vida para proteger e cuidar da filha doente?
O seriado então volta sete anos antes e vemos tudo pelo ponto de vista de Gypsy: o momento em que ela e a mãe chegam em sua nova residência, que foi construída especialmente para as duas após terem perdido tudo no Furacão Katrina. Gypsy é apresentada para o público e para os vizinhos como uma adolescente de idade mental de sete anos. Com uma doença terminal, paraplégica e capaz de alimentar apenas através de um tubo, sua mãe alega que a jovem tem múltiplas doenças. As duas possuem um amor incondicional, Dee Dee é a heroína para as pessoas a sua volta, uma santa que abdicou sua vida a filha, que dá tudo do bom e do melhor, principalmente se estiver sob holofotes.
Ao assistir os dois primeiros episódios, já podemos perceber a problemática por trás da história. Por baixo do pano, a vida de Dee Dee e Gypsy não é esse vínculo amoroso e saudável que elas demonstram. Aos poucos, o mistério vai sendo revelado e vamos percebendo que Gypsy pode não ser tão doente quanto aparenta. A jovem vai notando certas atitudes da mãe que não parecem certas e muitas falácias em seus discursos, ela alega que Gypsy tem alergia a açúcar e que não é capaz de engolir nenhum alimento sólido é algumas de suas inúmeras mentiras. O mais lastimável da situação até então é que a garota parece ter ciência da condição que se encontra, mas não confronta sua progenitora porque ela sente que Dee Dee precisa disso, ela precisa da filha assim e a mesma está conformada, acreditando até mesmo nos sintomas que são empurrados para ela ainda que não sinta nada.
Tendo em vista que a duração é em torno dos cinquenta minutos e que a temporada contará com oito episódios, eles funcionam muito bem e não resultam em algo arrastado. Os capítulos tem alguns momentos lentos, mas ele flui muito bem, oscilando em poucos flashbacks no começo e ao final, ou entre os episódios, para instigar a curiosidade do espectador. Mas a melhor parte de todo o seriado é a atuação magnífica das protagonistas, algo que podemos esperar de Patricia Arquette, vencedora do Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante por Boyhood e ganhadora do Globo de Ouro de Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme por Escape at Dannemora, e tudo indica que receberá indicação ao Emmy 2019 por esse trabalho, mas será que podemos esperar uma indicação dupla por The Act, já que a série estreou dentro do prazo? O que surpreendeu mesmo foi Joey King, até agora só tinha se destacado em A Barraca do Beijo, filme original Netflix que foi bastante comentado, a atriz está brilhante e se entregou totalmente ao papel que não é nada fácil de ser feito.
Na hipótese de não conhecer esse evento, adianto que saber dele não irá estragar a experiência que a série proporciona, o caso em si é extremamente interessante e surreal, parece que foi escrito por uma uma mente criativa como a de Gillian Flynn. Apesar de detalhes serem sempre adicionados, se você não souber de nada da trama, mantenha assim para o choque ser maior. Para quem é fã de um bom suspense e casos criminais vai ser difícil não se viciar nesse enredo.
A série foi criada pela jornalista Michelle Dean (autora do artigo do Buzz Feed “Dee Dee Wanted Her Daughter To Be Sick, Gypsy Wanted Her Mom To Be Murdered.”) e por Nick Antosca (Hannibal, Channel Zero). The Act é transmitida pela Hulu nos EUA, por enquanto o servição não está disponível em outros países e ainda não há uma previsão de estreia no Brasil. A serie já foi encerrada e dá pra maratonar no final de semana. Vou deixar o trailer aqui pra quem ficou curioso em ver.
Adaptado de sentaai
Um projeto brasileiro junto com uma empresa de materiais artísticos se destaca! A ideia surgiu quando professoras falavam sobre a questão de igualdade racial na escola, assunto que sempre foi levantado no curso da Uniafro (Programa de Ações Afirmativas para a População Negra), de Porto Alegre. Depois de vários debates sobre a diversidade etnicorracial no Brasil, as professoras arregaçaram a manga e foram em busca da criação de uma caixa de giz de cera que ajudasse a trabalhar o assunto em sala de aula.
O estojo chamado PintKor – A Cor da Minha Pele, criado em parceria com a marca Koralle, virou realidade e antes somente com 12 cores, hoje traz 24 cores de giz que variam do bege ao marrom-escuro. No início, intencionalmente, o branco, rosa e preto não foram colocados na coleção, para que as crianças encontrassem opções mais realistas ou que isso as fizessem misturar formando novos tons.
Com o passar do tempo, a coleção aumentou e a demanda também, aumentando a variedade de tons. O estojo integra o kit de material pedagógico distribuído aos participantes de um curso voltado para qualificação dos professores no Rio Grande do Sul, que prevê o ensino da cultura e história africanas nas escolas de rede pública, além de ser vendido online no site da Koralle.
Gladis Kaercher, a coordenadora da Uniafro disse sobre o Pintkor ao Jornal Extra:“Estamos tendo uma repercussão ótima. As crianças estão amando o material. É uma alegria. Sou professora da Universidade há 20 anos e sempre atuando na prática de ensino, notei que as crianças sempre procuravam aquele lápis rosa como “cor de pele”. Aí, durante a segunda edição, eu e um grupo de professoras pensamos que seria interessante criar um material para os professores levarem para sala de aula e trabalharem essa questão”.
A Uniafro pretende ainda buscar uma parceria maior, para que o kit seja distribuído em todas as escolas públicas do país. Esperamos que essa iniciativa bacana se espalhe cada vez mais!
Imagens: Koralle e Lidiane Dutra.


















